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Com inovação, o agro nacional é parte importante da solução .

21 Janeiro 2022

Sustentabilidade é, sem dúvida, a palavra que define a era em que vivemos.

Diante da emergência climática, buscar soluções verdes é, mais do que nunca, questão de sobrevivência. Mas o que muitos ainda desconhecem é quanto a agropecuária nacional tem contribuído positivamente nesse processo.

O setor, que representa mais de um quarto do PIB do Brasil, além de ser um dos mais inovadores e bem-sucedidos do país, é também hoje um dos mais sustentáveis do planeta. Graças a investimentos em pesquisa, adoção de tecnologias, gestão responsável dos recursos naturais e busca permanente pela produção sob a premissa da conservação.

“O Brasil é líder em inovação. Não há outro país tropical com tanta tecnologia agrícola”, comenta Roberto Giolo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Giolo destaca que o potencial do agronegócio nacional para as questões climáticas é ainda maior, indo além das técnicas de baixa emissão.

“A descarbonização diz respeito à diminuição das emissões, que é um ponto, mas também à remoção de CO2 da atmosfera. E o caminho mais fácil para isso é agricultura e pecuária bem-feitas. É o único setor capaz de fazer isso”,

Sistemas integrados

Entre as inovações que se destacam nesse contexto, um exemplo é a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), a técnica que mais foi ampliada na última década: saltou de 2 milhões de hectares em 2010 para cerca de 17 milhões atualmente, segundo Giolo.

A estratégia trata da utilização de diferentes sistemas produtivos (agrícolas, pecuários e florestais) dentro de uma mesma área, beneficiando todas as atividades.

Esse sistema integrado otimiza a utilização da terra, elevando a produtividade, com melhor uso de insumos, diversificação da produção, aumento da fertilidade do solo, recuperação de áreas degradadas, entre outras vantagens. Tudo isso com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE) e, inclusive, retenção de carbono no componente florestal e no solo.

“Não se vê muito em outros países da forma que acontece aqui: uma agricultura mecanizada e produtiva, e com um componente florestal junto. É um diferencial da nossa agropecuária”, avalia Giolo.

Inovação sustentável

Bons exemplos do emprego dessa e outras tecnologias não faltam Brasil afora. Algumas das propriedades rurais do país se tornaram, inclusive, ícones internacionais de respeito ao meio ambiente.

Uma delas é a Fazenda Roncador, em Querência (MT), que trabalha com um sistema produtivo que une pecuária regenerativa e agricultura de alta tecnologia.

Nos últimos 12 anos, foi implantado por lá um modelo próprio de integração lavoura-pecuária, com gado, pasto, milho e soja, criando um ecossistema com enormes benefícios produtivos, sociais e ambientais.

Nesse período, a produção de alimentos na propriedade cresceu 57 vezes e a de carne foi ampliada 32%, ao mesmo tempo que a fazenda deixou o papel de emissora de GEE para se tornar uma grande fixadora de carbono.

“Colhemos amostras do solo de diferentes pontos para descobrir quais lugares tinham maior fixação de CO2. E descobrimos que os melhores eram exatamente onde tínhamos implantado o sistema de integração”, conta Pelerson Penido Dalla Vecchia, diretor-presidente do Grupo Roncador.

Só na safra 2019/2020, que a fazenda produziu 153 mil toneladas de alimentos, foram capturadas mais de 61 mil toneladas de carbono, o suficiente para compensar as emissões de 35 mil carros durante um ano. Uma demonstração de que o manejo sustentável, quando bem-feito, é bom para o planeta e para os negócios.

“Estamos falando de um desafio da humanidade: a produção de alimento para uma população crescente e a questão do aquecimento global. Por isso, investimos muito em pesquisa, inovação e monitoramento constante, sempre procurando melhorar”, destaca o produtor.

Bem-estar animal

Mais uma questão em que o Brasil tem evoluído muito nos últimos anos é o bem-estar animal (BEA), outro eixo importante da sustentabilidade. São visíveis os avanços em regulamentação, novos padrões de manejo e conscientização.

Uma das propriedades mais reconhecidas por suas boas práticas nessa área é a Fazenda Orvalho das Flores, em Barra do Garças (MT), que atua na criação de bezerros.

Sob o comando da pecuarista Carmen Perez, referência internacional no tema, a fazenda adota uma série de medidas importantes no cuidado dos animais, que incluem, por exemplo, a interação positiva entre homem e animal desde o nascimento, a abolição da marcação a fogo e o desmame amigável.

As ações, como ela explica, são baseadas nos cinco domínios de BEA: nutrição, saúde, comportamento, ambiente e estado mental. “E o meio ambiente está ligado a tudo isso, porque impacta diretamente o bem-estar dos animais”, diz Carmen.

Por isso, entre as melhorias do processo de produção está, por exemplo, o plantio de árvores para sombra em todos os pastos, trazendo conforto térmico ao rebanho. “Todo ano, a gente planta em torno de 500 mudas”, conta. E ainda há o uso de uma cerca elétrica específica para conter a predação dos bezerros por onças, sem machucá-las. “Essa é uma forma de preservação das onças e da ampliação dessas boas práticas.”

fonte:exame 

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